O passado, se não passou, está passando, rápido. E ARC DESIGN gosta de futuro. Os instrumentos de renovação que já temos a nosso dispor são o enfoque desta edição, ilustrada por alguns eventos recentes – Salão do Móvel, Bienal de Design 2015 – e os utiliza como exemplo para pensar e falar sobre os avanços do design contemporâneo. E, numa visão global, chegamos à conclusão: hoje, a forma segue a matéria, e não mais a função (Bauhaus), ou o fiasco (Sottsass).
Como abertura desta edição, repleta de conceitos inovadores, a entrevista exclusiva de Edson Matsuo, o mago da Melissa, que acredita no design significante, no “design to serve” e naquele transformador.
De que são feitos e como são produzidos os objetos? Estas são hoje as duas questões fundamentais no design, para aqueles que pensam – etapa inicial – e não apenas criam produtos. Tom Dixon e Philippe Starck, em declarações recentes, enfatizam o caminho sem volta das “novas fábricas” (ver na reportagem sobre ...
O passado, se não passou, está passando, rápido. E ARC DESIGN gosta de futuro. Os instrumentos de renovação que já temos a nosso dispor são o enfoque desta edição, ilustrada por alguns eventos recentes – Salão do Móvel, Bienal de Design 2015 – e os utiliza como exemplo para pensar e falar sobre os avanços do design contemporâneo. E, numa visão global, chegamos à conclusão: hoje, a forma segue a matéria, e não mais a função (Bauhaus), ou o fiasco (Sottsass).
Como abertura desta edição, repleta de conceitos inovadores, a entrevista exclusiva de Edson Matsuo, o mago da Melissa, que acredita no design significante, no “design to serve” e naquele transformador.
De que são feitos e como são produzidos os objetos? Estas são hoje as duas questões fundamentais no design, para aqueles que pensam – etapa inicial – e não apenas criam produtos. Tom Dixon e Philippe Starck, em declarações recentes, enfatizam o caminho sem volta das “novas fábricas” (ver na reportagem sobre a Bienal Brasileira de Design 2015 e os Makers). Há bibliotecas de materiais em diversos países do mundo.
A Material ConneXion – a maior delas – oferece um repertório que ultrapassa as 7.500 ofertas de novos materiais sustentáveis, além de orientação e dados técnicos sobre os mesmos: uma bela fonte para descobrir novos caminhos (ver dois artigos nesta edição). Mais importante do que a criação de novos objetos, dizem muitos, é elaborar um novo pensamento. Inaugura-se uma nova era? Parece que sim, e por isto na Design Week, paralela ao Salone de Milão, fomos à procura – não tanto de produtos – mas de pensamentos e ideias que servissem de estímulo a nossos leitores. Esta a razão da ênfase nos materiais, pois são e serão eles os geradores da tão almejada inovação no design internacional.
Nossos designers, vistos em seu conjunto, mesmo sem ter ainda se aprofundado nessa nova visão projetual, ganham prestígio e aceitação por parte da mídia e do público, não só no Brasil. Várias mostras coletivas durante o Salone de Milão são a prova deste alvissareiro fenômeno. Estamos no caminho, ou nos caminhos certos para o amadurecimento do setor, nos parece. A Bienal Brasileira de Design 2015, realizada em Florianópolis foi mais um impulso em direção ao contemporâneo e ao industrial. Apresentou o vigor da indústria catarinense e muitas das ideias da nova vanguarda, desde seu tema, “Design para Todos”, com Avril Acola, até a filosofia do designer pensador americano Dan Formosa, chegando aos Makers e à tecnologia 3D, mostra com curadoria de Jorge Lopes. Teoria e prática? Também estão presentes nesta edição com provocadores artigos. E, para coroar, o design brasileiro, Campana’s – originais e inesgotáveis, mais uma vez elegendo uma expressão inédita, com nova leitura do Cangaço. Fiquem atentos, é o futuro chegando!
Maria Helena Estrada
Editora