Século XVIII. Revolução Industrial. Uma época marcada também pelo início da luta daqueles que tinham as mãos como principal ferramenta de trabalho. Uma luta que não era só deles, mas também de movimentos liderados por intelectuais e artistas que se opunham à produção massificada, que preferiam qualidade à quantidade. É como se inicia o livro de Renato Imbroisi, "Desenho de Fibra", escrito em parceria com a jornalista Maria Emilia Kubrusly.
É praticamente impossível falar em design têxtil sem mencionar Imbroisi, que começou a trabalhar com tecelagem manual no final dos anos 1970. Autodidata, desenvolveu um método próprio de trabalho introduzindo no artesanato as premissas do design. "Desenho de Fibra" apresenta a trajetória de Imbroisi, que há mais de 20 anos desenvolve trabalhos de artesanato e tecelagem. São 140 projetos vivenciados com artesãos em 23 estados brasileiros, passando também pelo Japão, Itália, Moçambique e São Tomé e Príncipe, os dois últimos na África. "Percorri o Jalapão inteiro, fui a outros municípios em que não havia trabalhado para dar aulas – Mumbuca, Mateiros, São Félix e Prata – para umas 120 pessoas. Reencontrei conhecidos, pessoas que já tinham sido meus alunos. Meninas que eu conheci criança, há 9 anos, agora são artesãs. Uma delas me contou que, naquela época, ela ia escondida ter aulas comigo, pois havia sido alertada para fugir dos 'homens brancos que vêm de fora', que poderiam raptá-la e levá-la embora. Ela disse que sentia medo, mas enfrentava porque queria muito aprender." Essas são as palavras de Imbroisi, em um trecho do livro, que descreve uma de suas experiências com artesãos do Jalapão, região do Estado de Tocantins, conhecida pela produção com capim dourado.
São dezenas de histórias e experiências vividas durante suas estadias nessas regiões. Relatos que, acompanhados de belíssimas fotos, expressam a essência de seu trabalho.
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